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Meditação

A meditação começou a se popularizar no Ocidente nos anos 1960 graças aos… Beatles.

Foi depois do encontro deles com Maharishi Mahesh Yogi, criador da técnica da Meditação Transcendental, que a milenar novidade chegou até nós.

Eu mesmo fui um dos primeiros iniciados no Brasil, em 1969, através do meu querido e saudoso professor Francisco Cosmelli, em Porto Alegre, e que foi discípulo direto de Maharishi na Índia.

E me apaixonei pela Meditação.

De lá para cá muitas águas rolaram.

No começo dos anos 80 dei início minha jornada na terapia quando encontrei Osho (na época, Rajneesh) e aprendi suas técnicas de meditações ativas, criadas para a inquieta mente ocidental.

Depois vieram Vipassana, Zazen e outras.

Mas é fundamental que se entenda que Meditação não é sobre aprender técnicas e praticar 20 minutos de manhã e 20 minutos de noite.

A prática é importante, sim, mas o objetivo é atingir o estado meditativo, que se estende ao longo do dia – independente das atividades – e, inclusive, enquanto estamos dormindo, o que pode nos trazer sonhos lúcidos.

Depois de praticar inúmeras técnicas, como as já citadas Vipassana e Zazen, cheguei à conclusão de que, para mim, a melhor é simplesmente sentar com a coluna reta – com ou sem apoio para as costas –, numa posição confortável e relaxada e manter a atenção na respiração, no sempre presente som do silêncio, na energia circulando no interior do corpo e os olhos fechados e focados no 3º olho (entre as sobrancelhas).

A respiração deve fluir livremente, sem esforço.

Os pensamentos vão passar e você é o observador desses pensamentos.

Como se estivesse no cinema vendo um filme, sem se identificar com os pensamentos (filme).

Repito: você Não é os seus pensamentos – da mesma maneira que não é o filme que passa na tela –, mas aquele que observa os pensamentos, assim como o espectador que assiste o filme.

A chave é a NÃO IDENTIFICAÇÃO COM OS PENSAMENTOS.

Apenas observe os pensamentos, seja uma testemunha, e deixe-os seguir adiante, não importa se são pensamentos agradáveis ou não.

De qualquer maneira eles não refletem o que você Realmente É.

Depois de se sentir confortável focando no 3º olho, faça um upgrade e suba o foco para alguns centímetros acima, em direção à testa.

Você vai perceber que enquanto estava focado no 3º olho o filme (os pensamentos) continuava se desenrolando sem interrupção.

Quando sobe o foco para a testa, com os olhos envesgados para cima, da mesma maneira que quando focado no 3º olho, você vai encontrar a escuridão absoluta, onde os pensamentos simplesmente desaparecem.

Uma sensação de paz e tranquilidade é o resultado imediato.

Esse é o segredo.

Talvez você sinta um leve comichão nessa região, já que não temos o hábito de colocar os olhos nessa posição esquisita, mas persista no exercício e em pouco tempo você vai começar a se sentir confortável.

Persista, pratique, mas não se limite aos momentos da prática.

Carregue a Meditação com você, seja meditativo em qualquer atividade, relacionamento, encontro ou apenas sendo e estando.

O objetivo maior da Meditação é deixar claro que existe um Observador (você) e aquilo que é observado (os pensamentos, percepções, emoções, sentimentos, percepções, objetos), ou seja, aquilo que Não é Você.

É o caminho mais curto e seguro para a Cura e a Libertação definitiva.

Os benefícios da Meditação vão desde o relaxamento profundo – o mais básico e primário de seus efeitos – até o reconhecimento da própria essência, a realização do próprio Ser, a Iluminação propriamente dita.

Foi através da Meditação, ainda no início, que perdi o medo da morte ao reconhecer, sem a menor sombra de dúvida, que a consciência é imortal.

E o que Somos, em essência, é Pura Consciência - Infinita, Eterna, Indestrutível e comum a Tudo e a Todos.

Com esse nível de consciência você sabe que não existem "problemas", apenas fatos, que podem se constituir em desafios, desafios que nos fazem evoluir e crescer.

© 2017 por Renato Rasiko

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